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O Impacto da Falta de Movimentação no Envelhecimento

O Impacto da Falta de Movimentação no Envelhecimento

Trabalhar em equipe multidisciplinar nos traz uma visão ampla do paciente. Ter a possibilidade de interagir com profissionais de diversas áreas faz uma diferença enorme na avaliação do paciente, na capacidade de enxergar a necessidade individual em cada momento do tratamento e desenvolve profissionais diferenciados dentro da equipe.

Nossas reuniões ocorrem mensalmente com equipe multidisciplinar já há mais de 5 anos e semanalmente temos a reunião da equipe de fisioterapeutas, as vezes também interagindo com profissionais de outras áreas. Mas neste momento de pandemia, isto tudo ganhou um significado ainda mais relevante.

Nossos pacientes não só apresentaram agravamento de quadros de dores físicas, quedas, rigidez por ficarem mais tempo em casa e na frente do computador, mas também tivemos já a experiência de tratar pacientes com quadros de comprometimento neurológico e emocional. Alguns pacientes realmente começaram a apresentar perda de memória pós-Covid19 e alguns que chegaram a ficar internados apresentaram inclusive início de quadro de perda intelectual ou demência.

Neste sentido, entender quais recursos a medicina dispõe em forma de tratamentos medicamentosos ajuda muito e foi este conteúdo abordado pela Dra. Thélia Rúbia, neurologista, na mesa redonda desta semana com a presença ainda da Dra. Sandra Bastos, otorrinolaringologista, especialista em zumbido.

Ficou claro durante a discussão comandada pela Dra. Thélia Rúbia, que a estratégia do medicamento é uma aliada importante no tratamento destes pacientes, que em muitos casos até mesmo agravam para depressão, a qual precisa ser tratada também com medicamentos e às vezes psicoterapia, mas a orientação dos parentes próximos e a avaliação constante daevolução do quadro, fazem todadiferença, pois este paciente precisa ser estimulado de várias formas e é importante não apoiá-los a ponto de perderem funções na rotina quando necessário, pois isto apenas aceleraria o quadro de perda cognitiva e memória.

Esta é a abordagem biopscicossocial, que preconizamos sempre como a ideal dentro dos nossos atendimentos não importando o tipo do paciente. De crianças a idosos, de sedentários a atletas, todos se beneficiam desta abordagem por ser um tratamento voltado a preservar a saúde, a independência e a capacidade adaptativa do paciente, tirando o foco da doença, pois quando o foco do tratamento é a doença, corre-se o risco da iatrogenia, que é o agravamento da doença ou aparecimento de outros sintomas pelo erro na conduta do profissional da saúde, geralmente ocorre, pois os medicamentos possuem efeitos colaterais que vão se somando e acabam nublando a capacidade de avaliação do quadro atual do paciente.

Na fisioterapia dificilmente ocorrem efeitos colaterais, mas em muitos casos são adotadas condutas paliativas, que focam no sintoma e não na causa específica, o que não deixa de ser um erro de conduta, pois quando focamos na causa o resultado é mais rápido e de melhor qualidade. Por esse exato motivo, cada vez mais a visão da equipe integrativa se torna importante, pois não só nos torna mais capacitados para chegar nas causas das doenças, mas também nos dá mais acesso a profissionais que estão ao nosso lado, para nos assessorar nas tomadas de decisõesde mudança de conduta, ou mesmo para referenciar um colega, que seja necessário na continuidade do tratamento.

Por fim só temos a agradecer todos os profissionais que tem contribuído com palestras, seminários e mesas redondas aqui na CM2 Clínica Multidisciplinar e a forma que encontramos de reconhecer estes profissionais. Além de fazerem parte do quadro de profissionais que confiamos e indicamos para nossos pacientes, é relatar mensalmente nestes artigos o que foi discutido nas reuniões multidisciplinares para evidenciar ainda mais nossa parceria em produzir conteúdo científico relevante tendo como consequência o crescimento de todos envolvidos.

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