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Qual a diferença entre Osteopatia e Fisioterapia?

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Qual a diferença entre Osteopatia e Fisioterapia?

Em diversos países a Osteopatia, assim como a fisioterapia são profissões, mas no Brasil ainda não. Por aqui a Osteopatia é apenas uma especialização da fisioterapia e muito mal regulamentada, já que existem cursos de todos os tipos e duração.

 

Mas qual é mais eficiente no tratamento de dores e patologias ortopédicas?

 

A resposta passa longe de ser simples, pois na verdade, mesmo considerando as duas como profissões, seria o mesmo que comparar se seria melhor passar num dentista ou num médico para avaliar uma dor na mandíbula. Depende muito do que está causando esta dor, mas principalmente, depende quais especializações e experiências que o profissional em si tem na sua área de atuação.

 

Dentro de cada profissão existem especializações, mas ainda dentro de cada especialização existem diversos procedimentos e técnicas de tratamento que podem ser utilizadas dependendo do diagnóstico, assim, responder de forma simples que uma especialidade ou profissão é melhor que a outra seria precipitado sem entender a experiência prática de cada um.

 

Hoje, muitas especializações utilizam como base mais de uma técnica para desenvolver um raciocínio clínico na avaliação e tratamento, como é o caso do Método Busquet, que se baseia nas Cadeias musculares de Françoise Mézières e na própria Osteopatia, já que Léopold Busquet era fisioterapeuta e osteopata na França. Além disso, na área da saúde de forma geral existe um movimento muito grande no sentido de trabalhar sempre dentro de uma Prática Baseada em Evidência (PBE), que significa atuar na prática apenas se utilizando de técnicas que tenham fundamentação científica.

 

Esta visão é muito interessante quando discutida na teoria e quando colocada em prática em casos menos complexos, mas a verdade é que em casos mais complexos buscar trabalhar o tempo todo resguardado pela ciência se torna desafiador, pois em muitos casos os aspectos multifatoriais das doenças complicam os diagnósticos e na hora de colocar os tratamentos em práticas nestes casos, a verdade é que a ciências acaba falhando.

 

Outro tema complexo é a confiabilidade dos estudos científicos, que podem sofrer por falta de metodologia científica, mas também porque muitos estudos são cheios de vieses, que seria a tendência do pesquisador quererem comprovar a visão, ou até mesmo, em alguns casos por interesses financeiros.

 

A Abordagem Biopsicossocial, que leva em conta todos estes fatores que podem gerar e agravar uma doença, passa por uma visão mais abrangente, não negando a importância da PBE, mas complementando esta visão com uma abordagem mais completa, avaliando questões físicas, psíquicas e de hábitos de comportamento que podem influenciar o aparecimento de uma doença.

 

Por estes motivos, muitas vezes é necessária uma equipe multidisciplinar com mais de um profissional ou profissionais da mesma área, mas com especialidades diferentes, pois a visão complementar de mais de um profissional pode contribuir muito para o diagnóstico e cura de alguns casos mais complexos, multifatoriais.

 

A conclusão é que por mais que seja mais fácil entendermos “o porquê” de escolher um ou outro profissional para tratar este ou aquele caso, dependendo do caso, teremos mais sucesso com um procedimento dentro de uma técnica e não com outro procedimento da mesma técnica. Da mesma forma profissionais consagrados podem ter sucesso com a maior parte dos pacientes, mas em alguns casos, por mais que seja um profissional experiente, deve ter a humildade de buscar outros profissionais com outras técnicas e visões para colaborar no tratamento de certos casos. A verdade é que ninguém, nem nenhuma técnica ou profissão, tem todas as respostas, mas pode ter a certeza de que uma equipe multidisciplinar tem maior probabilidade de ter melhores resultados de tratamento do que um profissional sozinho.

 

 

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