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Tênis de Corrida Minimalista

Tênis de Corrida Minimalista

Adaptando ao minimalismo na Corrida

 

Adaptando ao minimalismo. Na nossa prática diária baseamos nosso conhecimento e atendimento aos pacientes em dados científicos e a própria experiência de atendimento, isso nos dá discernimento para analisar as novidades e avaliar o que pode ser positivo ou negativo na evolução de técnicas e acessórios desenvolvidos para o esporte. Apesar de todos os recursos de pesquisa por revistas e sites com inúmeros artigos, palestras, congressos, nada substitui a experiência de passar por um processo e sentir na pele o que o atleta sente.

Já mudei muito de marca de tênis de corrida, mas nos últimos 10 anos fui fiel a um modelo, ao qual me adaptei e sempre percebi que a cada nova versão ficava mais confortável, não vem ao caso qual o modelo, pois cada um se adapta melhor a um modelo específico, varia muito de pessoa para pessoa.

O caso é que nos últimos anos tenho me apaixonado pela idéia de correr com o pé mais próximo do chão, a idéia do minimalismo, somado aos artigos que ressaltam a possibilidade de adaptação desde 2010 com o estudo publicado na Nature e agora mais estudos do mesmo autor, Daniel Lieberman, já demonstrando não só que sofremos menos impacto pousando com a parte da frente dos pés no chão (ante-pé), como demonstrou em estudo recente que num grupo de 52 corredores os que pousam com o calcâneo tendem a se lesionar o dobro de vezes, do que os que pousam com o ante-pé, me fizeram realmente embarcar neste processo adaptativo.

Adaptando ao Minimalismo

Outros fatores me influenciaram também na tomada de decisão, o fato de gostar muito de andar descalço e de que trabalho de sapatênis (sem salto) foram decisivos. Dei início a minha longa adaptação aos tênis minimalistas, até porque, quando um paciente me pergunta o que acho de uma mudança como esta, gosto de ter a resposta na ponta da língua.

Depois de 2 meses neste processo de adaptação posso afirmar que quanto mais lento o processo, menor a chance de se lesionar. Nas pequenas distâncias, até 10km, para quem está acostumado com treinos de 20km a sensação é de que a adaptação será fácil, mas quando começamos a passar para treinos intervalados mais intensos e provas mais longas percebemos que não é tão fácil assim, aparecem dores musculares em lugares que você nunca teve, acumulam-se tensões onde nunca acumulamos antes e esse é o processo de adaptação, é uma mudança de postura de corrida, não esperem que seja fácil e rápido, é dolorido e demorado!

Já vi pacientes e companheiros de corrida com fraturas por estresse e tendinopatias por tentarem acelerar o processo. Neste caso podem ter certeza que “a pressa é inimiga da perfeição”. Recomendo inclusive sessões de fisioterapia e acupuntura para reequilíbrio das tensões musculares, o que torna a adaptação menos dolorida. Lembrem-se que o fisioterapeuta e o treinador trabalhando em parceira, podem sempre ajudar a melhorar sua performance e evitar lesões trabalhando de forma preventiva. Melhora de performance não se alcança só com bons resultados de tempo, mas sim com uma série bem planejada de bons resultados, pois não adianta a cada vez que alcançar uma nova marca, ter que ficar parado 1 mês ou mais por causa de lesões.

Fonte: Webrun

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Artigo Escrito Por:

Cláudio Cotter

Claudio Cotter | CREFITO 30874-F

Instagram: @fisiocorredor

  • Graduação em Fisioterapia pela Universidade Cidade de São Paulo;
  • Especialista em RPG;
  • Formação no Método Busquet;
  • Pós Graduado em Medicina Psicossomática – Associação Brasileira de Medicina Psicossomática;
  • Ex-Fisioterapeuta da Seleção Brasileira Feminina de Futebol (CBF);
  • Colunista do Portal Ativo e Webrun;
  • Ultramaratonista;
  • Consultor da Mizuno segmento running;
  • Sócio-fundador da CM.2 Clínica Multidisciplinar.

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